sábado, 2 de abril de 2011

Iluminação


Significa de modo geral a aquisição de uma nova sabedoria ou entendimento capacitando uma percepção mais clara sobre algo. Entretanto, a palavra em português cobre dois conceitos bastante distintos: religioso ou iluminação espiritual (Alemão: Erleuchtung) e secular ou iluminação intelectual (Alemão: Aufklärung). Isto pode causar confusão, desde que aqueles que clamam iluminação intelectual freqüentemente rejeitam conceitos espirituais. No uso religioso, iluminação é uma intima associação com as experiências religiosas do sul e leste da Ásia, sendo usada para traduzir palavras do (no Budismo) Bodhi ou satori, ou (no Hinduísmo) moksha. O conceito também tem paralelos na Religião abraâmica (no Kabbalah tradição Judaica, no Cristianismo místico, e no Sufi tradição do Islam). No seu uso secular, o conceito se refere principalmente ao movimento intelectual Europeu conhecido como Iluminismo, também chamada de Racionalismo referindo ao desenvolvimento filosófico relatada na nacionalidade científica dos séculos XVII e XVIII. luminação nas tradições Orientais[editar] CristianismoO Espírito Santo na Bíblia Hebraica refere-se à presença de Deus na forma experimentada por um ser humano; o Espírito Santo, sendo de origem celeste, é composto, como tudo aquilo que vem do céu, de luz e de fogo. Em recorrentes passages da Bíblia, Jesus Cristo é chamado de luz do mundo.


Símbolo: A flor de lótus é as vezes usada como símbolo da iluminação.


A raiz do lótus esta na lama, Cresce atravessando as águas profundas, E se ergue na superfície. Ela mostra a beleza perfeita e pura a luz do sol. Ela é como a mente se desdobrando para atingir a perfeita felicidade e sabedoria.


Budismover também: Bodhi


Um Buda, ou iluminado, é considerado um ser que desenvolveu todas as qualidades positivas, e tem erradicado todas as qualidades negativas. De acordo com a tradição Theravada, a completa iluminação de buda não é alcançada pela maioria; em vez disso esforça se para tornar-se um Arhat e atingir a libertação dos ciclos de incontroláveis nascimentos, ou samsara e atingir o nirvana. Esta meta também é chamada de "iluminação". Ao contrario, de acordo com as tradições do Mahayana, todos os seres devem se esforçar pois tem o potencial de atingir a completa iluminação é estado de consciência.


HinduísmoVer também: Moksha


Iluminação nas tradições Seculares OcidentaisNo tradição filosófica ocidental, a iluminação é vista como uma fase na história cultural marcada por uma convicção pela razão, normalmente acompanhada pela convicção em rejeitar religião revelada ou institucional.


A definição de Kant da iluminação "No ensaio de 1784 What Is Enlightenment? (O que é iluminação?), Immanuel Kant descreveu o seguinte:


Iluminação é um homem liberto da auto-incorrida tutela. Tutela é a incapacidade de usar o seu próprio entendimento sem ser guiado por outro. Tal tutela é auto-atraída se a causa não é carente de inteligência, mas antes uma carência de determinação e coragem por usar a inteligência sem ser guiado por outro.

Kant racionaliza que embora um homem deva obedecer seus deveres civis, ele deve fazer um uso público darazão. Seu lema para a iluminação é Sapere aude! ou "desafiar o saber." A definição de iluminação de Adorno e HorkheimerA controversa análise da sociedade contemporânea ocidental, Dialectic of Enlightenment(Dialética da iluminação) (1944, revisada em 1947), Theodor Adorno e Max Horkheimer desenvolveram um extenso, e pessimista conceito de iluminação. Na anlise a iluminação tem um lado obscuro: enquanto se tenta abolir a superstição e os mitos da filosofia fundamentalista, ele ignora a própria base mística. O esforço em direção à totalidade e convicção leva a um aumento da instrumentalização da razão. Na visão a auto iluminação deve ser iluminada e não baseada em um visão de mundo 'livre de mitos'.


FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilumina%C3%A7%C3%A3o_(filosofia)

sábado, 11 de julho de 2009

Caso Palocci

Caseiro do caso Palocci diz que hoje ficaria calado


O caseiro Francenildo Costa, 27 anos, cujo depoimento à CPI dos Bingos derrubou o então ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT), em 2006, disse que não teria falado o que sabia se soubesse "o jogo sujo" do qual seria vítima. Francenildo diz esperar rapidez da Justiça no julgamento da ação por danos morais que move contra a Caixa Econômica e a Editora Globo pela quebra e divulgação de seu sigilo bancário. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

"Esse vazamento foi o que me chocou bastante. Porque se eu soubesse que ia chegar a esse ponto o jogo sujo deles, eu não tinha falado. Eu não me arrependeria de não falar o que eu sabia. Mas na hora eu pensei, 'vou sair na mídia, nos canais, nos jornais, mas vou encarar'. Mas se eu pensasse que eles jogassem tão sujo igual eles jogaram, invadiram minha vida", disse ao jornal.

Francenildo dos Santos Costa foi a principal testemunha de acusação do caso que ficou conhecido como o da "República de Ribeirão Preto". Ele afirmou, na época, que o ex-ministro freqüentava reuniões com lobistas que supostamente interfeririam em contratos com o governo, em uma mansão do Lago Sul de Brasília, da qual era caseiro.

Depois do depoimento de Francenildo à CPI dos Bingos, a revista Época publicou cópia do extrato bancário da conta do caseiro na Caixa Econômica Federal. Foram encontrados vários depósitos de valores acima da normalidade da conta e levantou-se a suspeita de que estes teriam sido feitos por integrantes da oposição, para motivar as acusações contra Palocci. Posteriormente, descobriu-se que os depósitos eram legais e teriam sido feitos pelo pai biológico do caseiro.

Francenildo lamenta a demora da Justiça na conclusão de seu pedido de indenização. "Já me dei conta de que a rapidez da Justiça demora (...)Se eu soubesse que eles iriam fazer o que fizeram comigo, eu me arrependeria de ter falado", disse.

O caseiro afirma que foi prejudicado pela quebra de seu sigilo bancário, pois sua família não sabia da ligação com o pai. "Até a família, parentes ficaram duvidando do dinheiro. Porque ninguém sabia (do pai biológico), eu não tinha contado para ninguém", disse.

Francenildo afirma que até hoje prefere andar disfarçado na rua, para evitar comentários. "Ocorre de eu andar na rua de boné. A gente bota um boné na cabeça e algumas pessoas ainda conhecem."

De acordo com a Folha, a Caixa Econômica Federal alegou, por meio de sua assessoria, ter havido "regularidade e legitimidade" no episódio da quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa, cujos extratos bancários foram copiados e vazados do banco para tentar desacreditá-lo como testemunha da CPI dos Bingos.

08 de junho de 2009 • 08h33 • atualizado às 08h33

FONTE: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3812046-EI7896,00.html

sábado, 4 de julho de 2009

Constituição dos Estados Unidos

A Constituição dos Estados Unidos da América é a lei fundamental do país. A constituição estabelece a forma federal do Estado, os órgãos de poder, as suas competências e forma de funcionamento.

Foi discutida e aprovada pela Convenção Constitucional de Filadélfia - na Pensilvânia, entre 25 de maio e 17 de setembro de 1787.

Naquele ano os Estados Unidos aprovaram a sua primeira e, até hoje, única Constituição. A Constituição exprime um meio-termo entre a tendência estadista defendida por Thomas Jefferson, que queria grande autonomia política para os Estados membros da federação, e a tendência federalista que lutava por um poder central forte.

O Presidente dos Estados Unidos da América é eleito pelo período de quatro anos pelos cidadãos eleitores num sistema em que os candidatos não ganham diretamente pelo número absoluto de votos no país, mas dependem da apuração em cada Estado, que manda para uma espécie de segunda eleição votos em número proporcional a sua população para o vencedor em seu território.

Duas casas compõem o Congresso: a Câmara dos Representantes, com delegados de cada Estado na proporção de suas populações; e o Senado, com dois representantes por Estado. O Congresso vota leis e orçamentos. O Senado vela pela política exterior principalmente. Um Tribunal Supremo composto por juízes indicados pelo Presidente e aprovados pelo Senado resolve os conflitos entre Estados e entre estes e a União, garantindo a supremacia da Constituição Federal em relação as Constituições estaduais e as leis do país.

A Constituição dos Estados Unidos prevê um sistema de alterações, por intermédio de Emendas, tendo ao longo dos anos sido aprovadas um total de 27. As 10 primeiras são designadas por Bill of Rights por conterem os direitos básicos do cidadão face ao poder do Estado. Não tendo sido consensual a sua inserção no texto original da Constituição, foram apresentadas depois da entrada em vigor da Constituição. (2009-1787).
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INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
Os Estados Unidos (em inglês: United States; oficialmente United States of America, Estados Unidos da América) são uma república federal presidencialista, composta por cinqüenta estados e um distrito federal. O nome do país é frequentemente referido pelas siglas USA ou US (em inglês) e EUA (em português).

A maior parte dos Estados Unidos localiza-se na região central da
América do Norte, possuindo fronteiras terrestres com o Canadá e com o México, sendo que o restante do país limita-se com o oceano Pacífico, o mar de Bering, o oceano Ártico, o golfo do México e o oceano Atlântico. Dos 50 estados, apenas o Alasca e o Havaí não são contíguos com os outros 48, nem entre si. Os Estados Unidos também possuem diversos territórios, distritos e outras possessões em torno do mundo, primariamente no Caribe e no oceano Pacífico. Cada estado possui um alto nível de autonomia local, de acordo com o sistema federal.

Os Estados Unidos celebram o seu dia da independência a
4 de julho de 1776, quando as Treze Colônias britânicas na América do Norte fizeram a Declaração de Independência, rejeitando a autoridade britânica, a favor da política de autodeterminação. Esta independência foi oficialmente reconhecida pelo Reino Unido no Tratado de Paris. Os Estados Unidos adotaram sua atual constituição em 1789, que estabeceu a estrutura básica do governo americano. Desde então, a nação gradualmente desenvolveu-se, tornando-se uma superpotência após o fim da Segunda Guerra Mundial, passando a exercer grande influência econômica, política, científica, tecnológica, militar e cultural no mundo.
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TIRADENTES
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, (Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional.

ALIMENTOS QUE FAZEM A DIFERENÇA NA HORA DA MESA

Receita com feijão-branco emagrece e ajuda a evitar diabetes

Proteína presente no grão inibe o processo
de digestão do carboidrato e retarda
a absorção de açúcares no sangue.
Não há mais como separar a boa comida da comida saudável. Em um laboratório de nutrição e pesquisa no Rio Grande do Sul, os futuros chefes de cozinha e nutricionistas se revezam para criar pratos mais bonitos, gostosos e saudáveis.

Muitas vezes, eles trabalham juntos. É o caso do chefe Alexandre Bagio e da nutricionista e bioquímica Renata Ramos. Ele conhece os segredos para seduzir o paladar. Ela, o que os nutrientes podem fazer pela nossa saúde. E o que une os dois é o nosso feijão de cada dia.

“Ele dá para a população uma quantidade muito boa de proteína. Os feijões, de uma maneira geral, têm em torno de 20% de proteína. É uma grande quantidade”, explica a nutricionista Renata Ramos, da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos). Infelizmente, os brasileiros estão comendo menos feijão. Mas os pesquisadores não param. Tentam descobrir novas propriedades nesse grão que faz tão bem a nossa saúde. A novidade da vez é o feijão-branco, aquele que a maioria de nós está acostumada a consumir apenas como salada. Maior e mais cremoso que os outros, acredite, ele emagrece.
“O feijão-branco ajuda a emagrecer, porque ele tem uma proteína de reserva. Não só o feijão-branco, os feijões todos têm, mas o feijão-branco é o mais utilizado para isso, para este fim. Ele tem uma proteína chamada faseolamina, e essa proteína é inibidora do processo de digestão do carboidrato. Então, ela retarda, inibe essa absorção de açúcares no sangue”, aponta a nutricionista.
Mas isso só acontece no nosso organismo, se ele for ingerido na forma de farinha, uma espécie de extrato de feijão-branco que é bem fácil de fazer em casa.
Depois de ser lavado normalmente, é preciso secar bem o feijão: no sol ou sobre o papel toalha. Nunca no forno. Porque, segundo Renata Ramos, o feijão só tem efeito emagrecedor se não for cozido. Mas atenção: como pode ser tóxico, o feijão só deve ser consumido cru em quantidades mínimas.
Depois, é só triturar no liquidificador e peneirar. Se quiser a farinha bem fininha, pode passar também no processador. É bom fazer em pequenas quantidades que para o extrato não fique velho e deixe de fazer o efeito desejado.
O efeito da farinha de feijão funciona mais ou menos assim: quando consumimos um prato cheio de macarrão, de 200 gramas, é como se tivéssemos consumido uma porção menor, de 160 gramas. Mas para isto acontecer, meia hora antes das refeições, é preciso ingerir uma colher pequena, rasa, de farinha de feijão diluída em água. É essa mistura que vai garantir que parte do carboidrato dessa refeição, cerca de 20%, não seja absorvida pelo nosso organismo. Então, é como se tivesse comido este prato, que é menor.
O estudo mais recente que comprova que a farinha de feijão ajuda a emagrecer foi feito pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ao todo, 50 adultos obesos fizeram uma dieta saudável, mas apenas metade recebeu farinha de feijão antes das refeições. A outra parte, sem saber, recebeu farinha sem efeito.
Depois de oito semanas, quem ingeriu o extrato de feijão-branco estava, em média, 1,7kg mais magro e com o nível de triglicerídeos três vezes menor do que os que receberam só o placebo.
Mas outros estudos registram perdas de peso de até 4% em apenas 30 dias. O bom é que, além de emagrecer, o extrato de feijão-branco também ajuda a prevenir o diabetes.
A receita é uma colher rasinha em um copo d’água, duas vezes por dia, porque são duas refeições principais. “Não adianta consumir mais, porque não vai emagrecer mais. Você tem que comer é em torno de um grama por dia. Então, você pode pesar um grama e comer isso durante o dia”, sugere a nutricionista Renata Ramos.
“Se a pessoa consumir mais, ela pode ter diarreia, como efeito colateral. Ela pode ter problemas intestinais e náuseas. Então, ela tem que ter muito cuidado na hora de ingerir este extrato de feijão cru. Consumindo mais de um grama por dia, os efeitos são negativos”, alerta a pesquisadora.
No laboratório da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), a ordem é não desperdiçar. O farelo que sobra na peneira quando se prepara a farinha de feijão também é utilizado.
O chef de cozinha Alexandre Bagio, da Unisinos, criou misturas saborosas. Quando faz pão, ele coloca água, fermento, sal, açúcar e a novidade: ele substitui um terço da farinha de trigo pela farinha de feijão.
“É um pão que realmente tem uma quantidade maior de proteínas e de fibras, quando você coloca essa farinha de feijão”, afirma a nutricionista Renata Ramos.
“Acrescido a isso, você tem o sabor e a textura que ele vai ganhar também. Ele ficou mais saboroso”, aposta Alexandre Bagio. “Ficou também mais saudável”, completa Renata.
O chefe de cozinha mostra ainda uma versão da nossa conhecida salada de feijão-branco que também ajuda a não engordar, só porque se come fria.
“Eu coloquei na salada o feijão-branco que é a base. Depois, entrou um molho vinagrete, com cebola, tomate, pimentão verde, salsão e um molho vinagrete de limão, com azeite de oliva, sal e pimenta do reino”, ensina o chefe.
“O interessante é que, quando a gente come feijão-branco frio, ele muda um pouco a sua composição. Ele, então, engorda menos. Quer dizer, se eu comer dessa maneira, frio, eu vou engordar menos do que se comer ele sob forma de uma feijoada, por exemplo”, diz a nutricionista.
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Conhecido como o feijão dos Andes,
o amaranto também reduz os níveis
do colesterol total do sangue.
E a farinha pode ser usada
em inúmeras receitas
sem comprometer o sabor.
O sol forte é sinal de seca no Planalto Central. No Centro-Oeste, cresce uma planta que veio do frio dos Andes para o calor do Cerrado. O amaranto é um arbusto com flores grandes, consumido na região do Peru desde o tempo dos incas. O poder da planta está nas flores carregadas de sementes.

"Mil sementes de amaranto pesam em torno de 1g. Então, se uma planta produzir 30g, são 30 mil sementes", ressalta o agrônomo Carlos Spehar, da Universidade de Brasília (UnB).
José Carlos Sphear é o pioneiro na pesquisa do amaranto, que ele chama de feijão dos Andes. O grão tem duas vezes mais proteínas do que o trigo comum. E essas qualidades convenceram o professor a buscar sementes fora do país para plantar no Cerrado. Assim, nascia o amaranto brasileiro que se deu bem no clima quente e que chega até dois metros de altura.
"Esse crescimento é muito rápido. Nos primeiros 15 dias, você não dá nada por ela. Depois, ela dispara a crescer. Ela cresce mais rápido do que uma soja no mesmo período", explica o agrônomo.
A fazenda de Sebastião Conrado de Andrade é a maior do Brasil em produção de amaranto. A confiança no futuro da produção do grão andino vem dos resultados colhidos nas primeiras safras. "São cerca de 2 mil quilos, com a mesma composição dos andinos. Conseguimos adaptar essa planta ao Cerrado", diz o fazendeiro.
A campanha pelo uso do amaranto ganhou adeptos em instituições do país inteiro que se dedicam a estudar as propriedades do grão. Na Universidade de São Paulo (USP), os pesquisadores já desenvolveram mais de 30 receitas usando a farinha de amaranto.

O professor José Arêas, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), também se rendeu às propriedades do pequeno grão.
"Ele tem uma quantidade maior de proteína de alto valor biológico e também uma grande quantidade de cálcio de ferro e de zinco. Além disso, possui uma quantidade de fibra bastante alta. O amaranto passou a ser estudado a partir dos anos 60 em vários locais no mundo. Assim, a plantação e o consumo do amaranto começaram a se popularizar”, explica o pesquisador da USP.
Orientados pelo professor Arêas, os pesquisadores da Faculdade de Nutrição da USP foram mais longe: conseguiram comprovar em um estudo feito com hamsters, durante dois meses em 2005, que o amaranto reduz os níveis do colesterol total do sangue, ou seja, a gordura que vai formar placas nas veias e artérias.
"A dieta que continha amaranto fez com que esse colesterol despencasse realmente. Todos os colesteróis ruins foram para baixo, e os colesteróis bons foram relativamente mantidos. As proteínas do amaranto são as grandes responsáveis por essa redução. A partir daí, a gente começou a estudar quais seriam os mecanismos envolvidos", aponta o professor.
Leda Nogueira e Ivone Nunes sentiram na pele, ou melhor, no sangue, o que o laboratório havia testado. As caminhadas pelo calçadão de Vila Velha, no Espírito Santo, foram apenas parte da rotina para melhorar a saúde.
Ivone é administradora de empresas e, há três anos, descobriu que tinha problemas com colesterol alto. Registrava 246, no total. Leda é professora e chegou a 187 de colesterol. As duas corriam risco de desenvolver doenças no coração.
A saúde de Leda e Ivone começou a melhorar pelo cardápio. Elas passaram a comer biscoitos de amaranto todos os dias antes do almoço.
Foram apenas duas semanas de experiência, sem mudança no estilo de vida e sem dieta. E os resultados foram impressionantes. Foram recomendados até cinco biscoitos por dia de farinha de amaranto para Ivone e Leda.
"É um biscoito muito gostoso. A única coisa ruim da pesquisa é ficar restrito a comer só cinco durante o dia", comenta a pedagoga Leda Nogueira.
"Lembra um pouquinho o biscoitinho de aveia. Acho que por causa das fibras que tem", diz a administradora Ivone Nunes.
Tudo começou no Complexo de Atividades Biopráticas, do Centro Universitário de Vila Velha (UVV). Leda e Ivone estavam no grupo de 20 voluntários que participaram da pesquisa com a nutricionista Danielle Mohallem Pessanha, sob a orientação da professora Angela Ghizi. Metade do grupo recebeu, sem saber, biscoitos de aveia. E a outra comeu os de amaranto.
"Baixou em 16% o colesterol dos voluntários. E o mais gratificante e interessante é que o período da pesquisa foi de duas semanas. Quer dizer, baixou 16% em um período muito curto", afirma a nutricionista Danielle.
E não foi só: o resultado trouxe uma surpresa.
"Quando eu chegava em casa, não sentia aquela fome à noite. Eu percebi que, durante essas duas semanas, não sentia fome à noite", conta a administradora Ivone Nunes. "O biscoito tirou essa fome noturna. Eu não sentia mais essa necessidade”, concorda Leda.
"No total, 67% de voluntários relataram que, à noite, eles não sentiam fome por conta da ingestão desse cookie", alega a nutricionista Danielle.
É difícil acreditar que essa sensação de saciedade venha de um grão tão minúsculo. Mas o amaranto é poderoso e vira até pipoca. É que o grão fica melhor e mais fácil de usar quando é estourado.
"É mais interessante fazer a pipoca, porque, quando moemos, fica uma farinha mais fininha e mais nutritiva", aponta a nutricionista Bruna Menegassi, da USP.
O amaranto quase não tem gosto. E talvez essa seja uma grande qualidade, pois a farinha pode ser usada em inúmeras misturas sem comprometer o sabor e adicionando todas as boas propriedades ao alimento.
Além da pipoca, há um número sem fim de receitas feitas com o grão andino. Algumas com 20%, outras com 30% de farinha de amaranto. O bolo de banana é top de linha. Mas existem cookies, sequilhos, paçoquinha.
"A gente está estando e tentando aumentar os níveis de amaranto na paçoca. Nessas preparações, além de incluir esse alimento diferente, a gente aumenta o teor de fibras e de proteínas", explica a química Rosana Soares, da USP.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Anistia Estrangeiros em Situação Ilegal

Lula sanciona lei que anistia estrangeiros em situação ilegal

Anistia beneficiará pelo menos 50 mil imigrantes, que entraram no país clandestinamente ou tem visto vencido
BRASÍLIA - A partir desta quinta-feira, 2/07/2009, os estrangeiros em situação irregular no Brasil poderão legalizar sua situação em definitivo com base em lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A anistia beneficiará pelo menos 50 mil imigrantes, sobretudo chineses, bolivianos, paraguaios e peruanos que entraram no país clandestinamente ou tiveram seus vistos vencidos até 1º de fevereiro passado.

Na solenidade em que anunciou a medida, realizada no Ministério da Justiça, Lula fez duras críticas "à política de discriminação e preconceito" dos países ricos contra estrangeiros. "Repressão e intolerância contra imigrantes não vão resolver os problemas causados pela crise econômica mundial", disse o presidente, lembrando sua condição de retirante nordestino que teve de migrar para São Paulo em busca de trabalho, educação e melhor condição de vida. "Ninguém deixa sua terra natal porque quer", observou.

O presidente compareceu à cerimônia vestindo uma jaqueta com estampa típica das vestimentas de indígenas dos Andes e explicou que estava prestando uma homenagem aos presentes.

Pela lei, os estrangeiros ilegais terão até dezembro para requerer residência provisória por dois anos. Três meses antes de completar esse tempo, eles terão o visto transformado em permanente e passarão a usufruir dos mesmos direitos de brasileiros natos, menos o de votar e ser votados. Eles terão plena liberdade de circulação e acesso a trabalho remunerado, educação, saúde pública e serviços da Justiça.

O presidente também assinou mensagem encaminhando ao Congresso projeto que modifica a Lei dos Estrangeiros, de 1980, de modo a lhe tirar o caráter repressor e inserir nela conceitos humanitários recomendados pelas Nações Unidas (ONU). "Trabalho e dignidade para o migrante é a resposta que o Brasil dá à intolerância dos países ricos", disse Lula, em meio a aplausos entusiasmados da plateia, formada por caravanas de várias nacionalidades, sobretudo hispano-americanas.

O presidente compareceu à cerimônia vestindo uma jaqueta com estampa típica das vestimentas de indígenas dos Andes e explicou que, com isso, estava prestando uma homenagem aos presentes.

Ele pediu ao ministro da Justiça, Tarso Genro, um resumo das medidas adotadas pelo Brasil em favor dos imigrantes para levar ao encontro do G-8, quarta-feira, na Itália. "É uma oportunidade de mexer na consciência e nos corações dos dirigentes do mundo", disse ele. "Vou mostrar aos líderes dessas grandes economias a contrariedade do Brasil com a política dos ricos com os imigrantes", acrescentou.

Com a medida, os imigrantes irregulares, mesmo os que usaram de métodos ilegais para entrar entra no País, deixam a condição de marginais passíveis de deportação a qualquer momento e passam a ter perante a lei um tratamento de vítima. Para o presidente, ao humanizar o tratamento aos estrangeiros, o Brasil se coloca na contramão do mundo, que vem criminalizando a migração.

Essa é a terceira anistia que o Brasil concede a imigrantes desde os anos 80. A última, em 1997, beneficiou 39 mil pessoas. A maior parte deles vive no País em condições deploráveis, explorados como mão-de-obra semi-escrava e sem acesso aos serviços públicos básicos, conforme levantamento do Ministério da Justiça. "Quem estava trancado como escravo agora pode abrir o portão, porque está livre para exercer a cidadania", comemorou o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, presente ao ato.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

A SAÚDE PELOS ALIMENTOS

Conheça os segredos do pão que não engorda

Na Provença, os pães são fonte de saúde. O fermento natural ajuda o organismo a absorver melhor os nutrientes da farinha de trigo integral. A pessoa fica saciada comendo menos pão.
Vinhos auxiliam tratamentos quimioterápicos

A bebida sagrada dos cristãos carrega muita vida. Na França, pesquisadores se debruçam sobre as moléculas do vinho, à procura de novas armas na luta contra o câncer.
A bebida sagrada dos cristãos carrega muita vida. Estamos no coração da Borgonha, em uma região conhecida como "les hautes côtes de nuits". Famosa há séculos por sua uva nobre e caprichosa: a pinot noir. Morro acima, as videiras usam a força para crescer na terra rica em nutrientes. Na região, o mais comum é encontrar dias carregados de nuvens e com muita umidade no ar. Para as vinhas, isso significa crescer em um ambiente hostil, com mais dificuldade para sobreviver. A umidade, por exemplo, facilita o aparecimento de fungos, que atacam as plantas. Para se defenderem, elas produzem substâncias chamadas de polifenóis, que matam o fungo e, depois de salvar as plantas, continuam, no vinho, onde vão nos proteger contra as doenças. Os polifenóis se acumulam na casca da uva e são liberados durante o processo de fermentação na fabricação do vinho. Por isso, é melhor beber o vinho do que tomar um suco de uva ou comer a fruta. A pinot noir é extremamente rica em um desses polifenóis: o resveratrol, que ganhou fama por ser associado a um aumento na expectativa de vida. No laboratório de bioquímica e nutrição da Universidade da Borgonha, em Dijon, pesquisadores se debruçam sobre as moléculas do vinho, à procura de novas armas na luta contra o câncer. O jovem pesquisador acaba de ganhar um dos mais importantes prêmios científicos do país. No computador, ele nos mostra o que descobriu. Uma célula cancerosa foi tratada com uma molécula sintética muita parecida com o resveratrol. O estudo ainda está em fase inicial, mas os primeiros resultados são animadores: mostraram que a quimioterapia, com ajuda do vinho, é mais eficiente. O resveratrol impede a reprodução das células de câncer e desbloqueia sua proteção natural, como se abrisse uma porta das células do câncer, para que o tratamento com quimioterapia possa entrar. O professor Norbert Latruffe, que coordena as pesquisas do laboratório, diz que os vinhos pinot noir têm outros polifenóis poderosos e pouco conhecidos. É a mistura, a interação dos componentes, que torna a bebida tão eficaz. Em vinho, quantidade faz a diferença entre fonte de saúde ou de problemas. Ele recomenda, para os homens, no máximo três taças diárias e, para as mulheres, duas taças. Sempre durante as refeições, para que o álcool seja assimilado mais lentamente pelo corpo e o vinho interaja com os outros alimentos, espalhando seus benefícios. Bernard Hudelot bebe meia garrafa por dia. Brincalhão, diz que um bom vinho da Borgonha tem sempre duas ações: uma contra os radicais livres, que aceleram o envelhecimento, e a outra a favor do bom humor. Ele conta que a avó morreu aos 98 anos e bebia vinho todos os dias. Nos faz um desafio, nos convida a voltar daqui a três décadas. Diz que, se passar dos 100 anos, ele terá razão: vinho faz mesmo bem para a saúde.
ALIMENTAÇÃO VERSUS EXERCÍCIOS
O neuropsiquiatra David Servan-Schreiber parece um menino se deliciando com a vida. Na manhã fria, pelas ruas de Paris, ele vai pedalando para o trabalho. Esse homem tão cheio de energia já enfrentou duas vezes o câncer e duas vezes conseguiu vencer. Médico e paciente ao mesmo tempo, o doutor David Servan-Schreiber se lançou em uma busca para entender os caminhos dessa perigosa doença. O que intrigava o doutor Schreiber era as estatísticas: por que os números de câncer cresceram tanto depois da Segunda Guerra? Para mudar no futuro, ele olhou para o passado. Como vivíamos, como comíamos antes de o câncer se tornar uma epidemia entre nós? Ele descobriu que, ao redor do mundo, muitos cientistas se faziam a mesma pergunta e buscavam respostas em seus laboratórios. Como um detetive, ele foi juntando esses estudos e montou uma fórmula de vida anticâncer. O primeiro passo para armar o nosso organismo contra a doença é seguir uma alimentação saudável. Alimentos frescos: frutas, verduras e legumes estão na linha de frente desse combate. O prato anticâncer também tem lugar para os cereais, como o arroz integral; os lipídios, como o azeite de oliva; as ervas e os condimentos. Há uma lista de alimentos bons para cada tipo de câncer, mas, entre os mais poderosos, estão: o alho, a cebola, o alho-poró, a couve-de-bruxelas, a couve-flor e o brócolis. Entre as frutas, aparecem no estudo as de clima temperado, comuns na Europa. São as chamadas frutinhas vermelhas: o mirtilo, o morango e a framboesa. Também são importantes a ameixa, o pêssego e o damasco. O doutor Servan-Schreiber explica que é melhor escolher produtos orgânicos, livres de pesticidas e agrotóxicos. Mas atenção: as pesquisas mostram que é muito mais importante comer frutas, verduras e legumes, mesmo com algum resíduo de pesticida, do que não comer. O doutor Schreiber recomenda ainda beber todos os dias o chá verde, rico em polifenóis, e se habituar a usar a cúrcuma, um anti-inflamatório natural poderosíssimo, que, para fazer efeito, deve sempre ser misturada com pimenta. Uma receita simples é fazer um molho com azeite de oliva e pimenta e usar para temperar saladas. Por outro lado, há os alimentos que agem como fermento para as células cancerosas. Justamente aqueles alimentos que são tão saborosos, tão difíceis de resistir. No prato anticâncer, é preciso reduzir o açúcar refinado e a farinha branca. As sobremesas, por exemplo, devem ser substituídas por frutas. David Servan-Schreiber teve câncer no cérebro aos 31 anos. Sofreu uma recaída e sobreviveu graças aos recursos da medicina moderna. Ele diz que ninguém deve abandonar os tratamentos médicos. Eles salvam vidas. O que ele recomenda é que cada um fortaleça o seu corpo para estimular a sua capacidade de resistir à doença. É uma luta diária, que deve fazer parte da nossa rotina. É uma mudança que passa também pela maneira de ver a vida. Fortalecer as relações de amizade, os laços de família. Não guardar ressentimentos. Se livrar da tristeza, do medo, da solidão. Fazer exercícios diariamente.
Mulheres francesas comem bem e não engordam

A escritora Mireille Giuliano explica como podemos selecionar melhor os alimentos que comemos e ainda ensina a preparar o ratatouille, prato famoso na França.
A primavera já avançou quando estamos de volta à Provença, agora, nas encostas das montanhas Alpilles. Fazemos as compras do almoço com Mireille Guiliano, autora de livros que fizeram sucesso no mundo inteiro, desvendando os segredos de como as mulheres francesas não engordam comendo de tudo. No multicolorido das ofertas, Mireille vai escolhendo verduras e frutas. O dia lindo mexe com o humor das pessoas. Entre tantas ofertas de queijo, ela vai escolhendo alguns. Mireille entra em uma padaria e sai com dois pães. Que dieta é essa? Ela faz uma concessão para comida pronta, mas fresquinha. Afinal, o frango orgânico tem um tempero especial, cheio de ervas. Mireille arruma as compras enquanto exploramos o jardim: as flores da Provença, as rosas e as fileiras de lavandas, que só vão desabrochar no começo do verão.

Saiba mais:
Aprenda a preparar a receita de ratatouille

Na cozinha, Mireille prepara o ratatouille. "É muito simples", diz ela. Botamos um pouquinho de azeite de oliva e depois os legumes em camadas. Primeiro, a berinjela. O fogo deve estar bem baixo, para que cozinhe lentamente. Mas vai rápido porque são legumes. Em seguida, uma camada de abobrinha e um galho de salsinha. A terceira camada leva tomates, um galho de salsinha e alho picado. O ratatouille é uma tradição da comida francesa. É simples e pode ser reaproveitado nas sobras. "Hoje, vamos comer como sopa porque terá bastante caldo", diz ela. "Amanhã, já mais seco, ela pode requentar para acompanhar peixe ou carnes. E, se ainda sobrar, dá uma ótima cobertura de pizza, com raspas de parmesão em cima". "Se alguém quiser ter boa saúde, precisa cozinhar. Pode-se preparar um almoço ou jantar em 30 minutos ou mesmo em 15. Na verdade, uma vez que você se organiza um pouco e sabe planejar, não toma tempo", ensina a escritora. Sua filosofia é: menos é mais. Só não se deve economizar na variedade dos alimentos. Falando e cozinhando, ela prepara até a sobremesa em tempo recorde. Do vasinho da janela, ela tira as folhas de basilicão, que dão o toque final no ratatouille. "As ervas dão mais sabor à comida, e a gente usa menos sal", ela afirma. Ela põe a cenoura para cozinhar no vapor, na panela do ratatouille. Pão, azeitonas e o ratatouille está uma sopa maravilhosa. Ela serve com champanhe rosa, da cor da Provença. Vem o segundo prato: frango e as cenouras, com casca e tudo. Ela fala sobre a necessidade de se tirar o tempo para comer direito. “No dia a dia, difícil, mas o mínimo que devemos gastar é 20 minutos. Se não, o cérebro não tem tempo de receber a mensagem de que está satisfeito. Se você come rápido demais, come mais. Este é um almoço que não engorda. O segredo é comer de tudo um pouco. Ficar bem alimentado, não estufado”, aconselha Mireille. Em seguida, vêm os queijos. Um pedacinho de cada: os de cabra e um de leite de ovelha. "Quando comemos bem, nos sentimos melhor, têm mais energia e vê a vida de outro jeito", ela constata. Vem a sobremesa de ruibarbo e morango. E morangos frescos também. Tudo acompanhado do feissele, um queijo fresco. É azedinho. Em uma tarde linda de sol, seguimos os conselhos da dona da casa: "A mesa é um momento para conversar, para rir, para conviver. Quando você faz isso regularmente, percebe que fica de mais bom humor, se sente melhor, o organismo está contente, não precisa mais de tanto sal e açúcar, que são coisas que se come por estresse, e não por prazer", conclui a escritora.
Produtores rurais criam ovelhas mais saudáveis na França

A França consome, cada vez mais, pesticidas e herbicidas na lavoura. Mas esses produtos aumentam a produtividade e, ao mesmo tempo, envenenam a terra.
Desde que os primeiros frades ocuparam o monte e começaram a construir a Abadia de Saint Michel, as ovelhas encontraram o pasto salgado das terras que, volta e meia, são invadidas pelo mar. Naquele canto da França, onde Normandia e Bretanha se encontram, o clima é sempre úmido. O vento parece nunca ir embora, como as ovelhas, que há 13 séculos criaram um novo hábito e hoje têm quase status de raça nova. São as pré-salé. Na região, a história da produção de ovelhas vive mais uma mudança em busca de um tempo perdido. A alegria de uma vida simples, o prazer de respeitar a terra de onde se tira o sustento. O rebanho tem espaço de sobra para se movimentar e se farta no pasto abundante. As crianças, muitas para o padrão francês, compartilhando a rotina da fazenda. Elas se divertem com o trabalho do pai, o técnico agrícola Jean-Claude Juhel, que abandonou o emprego para buscar um sonho: criar animais saudáveis, que possam, ao servir de alimento, transferir saúde para nós. Filho de agricultores, Jean-Claude cresceu vendo a França consumir cada vez mais pesticidas e herbicidas na lavoura. Mas esses produtos que aumentam a produtividade e, ao mesmo tempo, envenenam a terra não entram na fazenda dele. As ovelhas também não comem rações industrializadas. Folhas e flores de alto valor nutritivo, colhidas no local, servem como complemento alimentar. Isso dá certo? O criador diz que a resposta vem das ovelhas: "Elas encontram aqui um bom ambiente para se reproduzir". E como! Nos últimos três anos, a taxa de fertilidade na região foi de 99%. E, quanto mais fertilidade, mais carneirinhos, mais leite, mais queijos e mais iogurtes para vender. Ele e a mulher fabricam iogurtes 100% natural e dez tipos de queijos. Produtores da região que seguem os mesmos princípios ecológicos e de saúde se reúnem uma vez por semana em uma feirinha em Dol-de-Bretagne. Eles vendem verduras, legumes e pão orgânico para clientes que buscam essa transferência de saúde. O mercado de orgânicos cresce quase 10% ao ano no país. Nas terras da Bretanha, a viagem do Globo Repórter chega ao fim. Partimos mais tranquilos por saber que um país como a França usa todo o peso da sua cultura alimentar para buscar conhecimento e soluções.
Gado que come linhaça produz carne mais saudável

Sete mil produtores em toda a França estão usando a linhaça como complemento alimentar dos animais. O leite e a carne ficaram mais nutritivos e ricos em ômega-3.

Cruzamos a França e amanhecemos nas terras da Bretanha, onde cidades parecem flutuar sobre as nuvens. Os primeiros raios de sol já encontram, no pasto, os animais que estão provocando uma revolução alimentar na França. O que está dando tanto o que falar é o que as vacas comem: erva, uma ração de feno, soja e milho e um preparado a base de grãos de linhaça. Essa sementinha poderosa – rica em ômega-3 – é capaz de deixar a carne e o leite desses animais muito mais saudáveis. A ideia de dar linhaça para as vacas nasceu da curiosidade de um típico fazendeiro francês, que, antes das 6h, já tem humor para desafiar uma desajeitada repórter a ordenhar. Cada vaca produz, em média, 35 litros de leite por dia. Um leite mais saboroso e mais nutritivo. O pecuarista Jean-Pierre Pasquet conta que não entendia por que a manteiga feita na fazenda no inverno não era tão gostosa e não deslizava tão suavemente no pão quanto a manteiga feita em outras épocas do ano. Um agrônomo analisou os produtos e descobriu que faltava ômega-3, um problema que apareceu nas últimas décadas com a criação de gado confinado, para aumentar a produtividade. O pasto é rico em ômega-3. Mas, no inverno, quando as vacas se alimentam só com ração, em vez da grama verde, o leite fica pobre nesse ácido graxo essencial para o nosso organismo. Muda a textura, o sabor e a manteiga fica perigosa para a saúde. Diminui o ômega-3, sobe a concentração de ômega-6. Esse desequilíbrio de até 20 vezes mais ômega-6 do que ômega-3 provoca inflamações, coagulações e o surgimento de células cancerosas, além de aumentar o risco de doenças cardíacas. Ao ser perguntado se a saúde dos animais melhorou, agora que eles comem linhaça, Jean-Pierre diz que sim, visivelmente. Diz que o pelo das vacas está mais brilhante, elas estão mais saudáveis e, por isso, precisam de menos remédios. E não é só o leite que ficou mais nutritivo. Na fazenda vizinha, encontramos outro produtor satisfeito. Desde 2002, ele dá linhaça para o gado de corte e diz que as vendas estão indo muito bem. Os clientes andam felizes com o gosto e a qualidade da carne. Sete mil produtores em toda a França estão usando a linhaça como complemento alimentar dos animais. Nos supermercados, já são centenas de produtos: queijos, manteigas, iogurtes, carne de frango, de porco, ovos. Um selo de qualidade do Ministério da Saúde identifica os produtos, conhecidos como bleu-blanc-coeur – em português, azul, branco e coração – um trocadilho com as cores da França. Na Universidade de Rennes, encontramos o professor Philippe Legrand, chefe de uma pesquisa feita com voluntários que comeram produtos de animais alimentados com linhaça. O resultado é o que ele chamou de uma transferência de saúde. Os voluntários tiveram um aumento de ômega-3 no organismo. O professor explica que há dois tipos de ácido graxo e precisamos dos dois. Um vem das verduras, dos vegetais. Outro está na gordura animal. Pois a pesquisa mostra que a carne vermelha, de gado alimentado com linhaça, é rica nos dois e pode ser tão saudável quanto um filé de salmão. Isso vale também para a carne de porco, frango e ovos. Seria a redenção da carne vermelha? "É claro que não. Comer com moderação é a melhor receita de saúde. Mas, produzida saudavelmente, a carne vermelha pode sair da lista dos grandes vilões", diz ele. O reconhecimento dessa pesquisa veio do Ministério da Saúde da França, que editou uma recomendação para que os consumidores procurem produtos com o selo especial, para evitarem doenças. Jean-Pierre é um defensor apaixonado da linhaça. Dono de uma fazenda na qual os animais transpiram vitalidade, ele reconhece que os custos da produção ficaram até 10% mais caros. Mas, para ele e todos os envolvidos nessa busca pela alimentação saudável, o benefício sempre vai compensar o preço.
Aprenda a preparar a receita de ratatouille

Prato é uma das comidas típicas da Provença, na França.
O ratatouille é uma tradição da comida francesa. É simples, e pode ser reaproveitado nas sobras. Pode ser servido como sopa no primeiro dia, quando tem bastante caldo. Já mais seco, pode ser requentado e usado como acompanhamento de peixe ou carne. E se ainda sobrar, dá uma ótima cobertura de pizza, com raspas de parmesão em cima.

Veja como preparar o ratatouille:
Ingredientes
3 tomates
abobrinhas
berinjelas
alho
Basilicão ou salsa
sal e pimenta
Modo de preparar:
Utilize uma quantidade igual de tomate, abobrinha e berinjela. Lave e corte em fatias grossas. Coloque numa panela alta uma pequena quantidade de azeite de oliva. Faça camadas começando com a berinjela, o tomate e, por último, a abobrinha. Repetir até que a panela esteja quase cheia. Adicione o alho e o basilicão entre as camadas. Tempere com um pouco de sal e pimenta. Cubra e cozinhe em fogo baixo até que os vegetais estejam tenros.
FONTE:http://g1.globo.com/globoreporter

sexta-feira, 10 de abril de 2009

RESPONSÁVEL TÉCNICO EM ENGENHARIA

ENGENHEIRO RESPONSÁVEL TÉCNICO


CURRICULUM VITAE - ENGENHEIRO MARIO LUIZ MELERO

Cargo Pretendido: Eng Resp Técnico

Mario Luiz Melero


DADOS PESSOAIS
1.1 - Data de Nascimento: 22/03/1956
1.2 - Nacionalidade: Brasileira
1.3 - Naturalidade Butiá Estado: RS
1.4 - Estado Civil: Divorciado
1.5 - Filiação: Mario Melero e Maria S. Barreto Melero
1.6 - E-mail: mmelleros@yahoo.com.br
1.7 - Site: http://www.creadigital.com.br/rs/mmelleros_engenharia

1.8 - Endereço: Cidade: Montenegro-RS/CEP: 95780-000

HABILITAÇÃO
2.1 - CRC-RS Técnico em Contabilidade nº 32038
2.2 - CREA-RS Engº Operação/Mod.Mecânica nº 68.627

OBJETIVO
3.1 – Cargo Pretendido:
Engenheiro Responsável Técnico

RESUMO PROFISSIONAL
4.1 – Fui Gerente Administrativo de Empresa Média Montenegrina, Exportadora para diversos Países. Nessa gerência abrange o controle de toda a área Administrativa, compreendendo os Setores: Contabilidade; Custos; Administração de Materiais; Recursos Humanos; Vendas; Transportes e Toda a Logística da empresa. A empresa dispunha de Programa de Gestão onde estavam todos em rede.
4.2 – Possuo uma grande experiência na área do magistério, pois até hoje continuo envolvido de uma forma ou outra nos cursos de Informática, onde desenvolvo praticamente todos os cursos de escola, inclusive os profissionalizantes.
4.3 – Trabalhei em Escritório de Contabilidade, desde 1992 até 2003, desenvolvi um serviço de assessoria técnica.
4.4 – Trabalhei em Empresa Prestação de Serviço em ARTES GRÁFICAS, desde 1992 até 2003, desenvolvi serviço de artes gráficas, fazendo artes para jornais até revistas, trabalhava c/artes, OFF SET juntamente com as Gráficas Montenegrinas e de Brochier, digitação de trabalhos Escolares dentro das normas da ABNT, impressões em gerais, utilizava os Software Corel Draw, Photoshop, Page Maker, Microsoft Office, DPCM da Data Cempro Informática (DP), FOLLI Informática (Contabilidade) e Outros.
4.5 – Como Engenheiro atuei como Responsável Técnico de uma pequena Fundição e Fábrica de Reboques por mais de dois anos para a Empresa: ASTRATEC – Ind.Com de Reboques Ltda. – Coxilha Velha. Ainda como Engenheiro fiz Avaliação do Ativo e do Passivo da Empresa D’Itália – Ind. e Com Ltda. – Carlos Barbosa-RS, onde procedi levantamento patrimonial de todos os Maquinários do parque industrial e com acompanhamento de um Engenheiro Civil, foi entregue então um Balanço Patrimonial Inicial, já que esta empresa não escriturava seus livros por muito tempo em razão da mudança tributária: De LUCRO REAL Para PRESUMIDO.

EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS
5.1 – 1992 até 2009 – Silvio Marca – Silmarca – Montenegro/RS
Cargo: Professor de Cursos para Concurso Públicos
5.2 – 1995 – E.E. 1º e 2º Graus Dr. Paulo Ribeiro Campos– Montenegro/RS
Cargo: Professor de Contabilidade
5.3 – 1995 à 1996 – UNISINOS – São Leopoldo/RS
Cargo: Professor
5.4 – 1996 à 1999 – Indústrias Riograndenses – RS
Cargo: Engenheiro
5.5 – 1992 à 2003 – Escritório Contabilidade/Empresa Gráfica– Montenegro/RS
Cargo: Assessoria
5.6 – 2003 à 2006 – Empresa Média Montenegrina – Montenegro/RS
Cargo: Gerente Administrativo

FORMAÇÃO ACADÊMICA/CURSOS
6.1 - 3º Grau – Curso: ENGª OP.MOD.MECÂNICA – UNISINOS – S.Leo - Concluído
6.2 - 2º Grau – Curso Técnico em Contabilidade – Colégio São Luis– São Leopoldo
6.3 - Curso de Avaliador Interno/Externo-Qualidade Total-PGQP-ACIM-Montenegro
6.4 - Curso de Gerência da Qualidade- PGQP-ACIM-Montenegro
6.5 – Participei como Adviser/Finanças – Escolas: S.José/S.João - Junior Achievement
6.6 - Curso de Computação – Desde 1975 até 2000 – PROCERGS/SILMARCA

REFERÊNCIAS
7.1 – Jerzy Pawlowski Fone: (51) 5903333 Ramal: 1798

7.2 – Silvio Marca Fone: 51 84060420

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
8.1 – DISPONIBILIDADE:
A) Preferência pela região próxima de MONTENEGRO;
B) Disponho de flexibilidade de horário.


E-mail:
mmelleros@yahoo.com.br


Montenegro, abril de 2009.